3.19.2018

Sobre estudos e avanços

Essa semana conversei com uma amiga a respeito das nossas perspectivas frente aos problemas que enfrentamos na vida. Como ela também é do ramo da arte, acabamos por concordar que a ansiedade e frustração por não ser tão bom como gostaríamos de ser é a pior sensação do mundo.
Lembrei a ela um ponto de vista que assisti num workshop há algumas semanas atrás, o que diz a respeito do gráfico da percepção e habilidade. Esse aqui:


Basicamente ele diz que a sua percepção e a sua habilidade crescem exponencialmente, no entanto uma após a outra. Quer dizer que os dias em que sentimos que nosso trabalho está bom, aceitável a níveis da indústria e nos sentimos super bem com isso, a linha da habilidade está acima da linha da percepção. Com o passar do tempo, aumentamos nosso senso crítico e nos deparamos com os trabalhos de artistas mais experientes e começamos a ver que nosso trabalho não está tão bom assim como pensávamos. Nesses dias a linha da percepção aumentou e ficou acima da de habilidade. E tem os momentos em que as linhas se cruzam, que é o momento mais recompensador que existe, onde nossa habilidade vai de encontro a o que a nossa percepção espera. E isso acontece com todo mundo, durante muitos anos. O lado bom disso tudo é que as linhas só tendem a aumentar, consequentemente seu trabalho nunca deixa de melhorar.

Conversando sobre isso, eu acabei lembrando a mim mesmo dessa sensação, a de que não sou tão ruim assim e sou muito melhor do que eu era há cinco, três ou um ano atrás. E meus pensamentos negativos daquele dia começaram a se dissipar. Por isso me orgulho de cada desenho que postar aqui, porque sei que daqui a alguns meses ou anos, vou poder olhar pra minha trajetória sabendo que valeu a pena.

Esses foram os estudos das últimas semanas, estou fazendo alguns exercícios do curso de figura humana do Michael Hampton, bem como alguns sketches de imaginação e cópias de mestres.